ATLANTIS
As minhas férias do ano passado foram extraordinárias. Eu fui à cidade de Florianópolis, pela primeira vez, tendo como maior desejo praticar mergulho no mar.
Chegando lá, já no primeiro dia, me informei onde eu poderia fazer isso, e aluguei o equipamento. No outro dia, pela manhã, eu e um amigo pegamos o barco e fomos até o local indicado. Logo arrumei o cilindro de oxigênio e a máscara, assim como meu amigo, que quis me acompanhar.
Que mundo maravilhoso o subaquático! Não muito longe da costa, havia um recife de corais, e juntamente centenas de espécies de animais marinhos. Ficamos ali por mais ou menos 30 minutos, quando uma coisa me chamou a atenção: o som de vários instrumentos musicais, tocando várias melodias. Esse som vinha do lado do mar aberto. Comecei a nadar pra lá sem avisar meu amigo. Continuei nadando, em direção ao som, até que, após passar por uma elevação no fundo do mar, avistei uma coisa que me deixou pasmado: Uma cidade, toda feita de conchas, recifes de corais e pedras marinhas, construída como uma cidade da antiga Grécia, não muito grande. Aproximei-me, só por curiosidade. Ao chegar lá, descobri que era Atlantis, aquela legendária cidade perdida. Comecei a observar a população, que eu acho que nem me notou ali. Todos tinham seu próprio instrumento musical, feitos de partes de navios naufragados e conchas marinhas, e, ao andar pela rua, paravam por um momento e tocavam uma música, então continuavam a caminhar.
Até que em um momento, escutei uma melodia maravilhosa tocada em uma flauta. Quando avistei seu músico, desmaiei imediatamente e não vi mais nada.
Quando acordei, estava em um lugar totalmente branco, com uma bolsa de soro pendurada ao meu lado. Aí percebi que estava no hospital. Meu amigo levantou-se e me explicou que, após não me ver mais, começou me procurar, e me achou desmaiado, com o cilindro de ar totalmente vazio. Levou-me ao barco e chamou socorro bem a tempo.
Quando lhe contei sobre Atlantis, disse que eu só havia imaginado enquanto estava desmaiado. Falei que podia ser que sim, mas não engoli a ideia. Aquela música ainda tocava na minha cabeça.
Bernardo Stollmeier Kuss – 8ª série matutina
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