Algumas memórias literárias
Como relatar pode ser dolorido e mágico ao mesmo tempo! Dolorido porque nos reportamos a dimensões afetivas profundas, trazemos lembranças prazerosas. Mágica, pois acaba sendo uma viagem. Pensa-se até em resistência . Mas, não, não pensem que minha resistência seja por que não tivesse o que escrever, pelo contrário, há muitas histórias para contar, muitos livros lidos, relidos....todos muito significativos, outros nem tanto, e justamente nesse ponto que reluto, pois sei da minha dificuldade de só relatar o essencial...Mas... o que é o essencial?!!!!
Na escola, nunca fui destaque, exceto nas leituras que fazia (com muitas caras e suspenses, a professora e os colegas diziam adorar) e sempre histórias a escrever (tinha dificuldades para pôr fim a elas (ainda tenho).Acho que sempre posso criar mais um detalhe, mais um enredo, mais um personagem...
Minhas primeiras lembranças de leitura depois do Barquinho Amarelo, Narizinho, foram as fotonovelas, Sabrinas, Julias e Biancas.Era doida por elas, vivia trancada, escondida da mãe lendo. Não que minha mãe não permitisse ler, mas eu não tinha limites. Para mim qualquer hora, era hora de ler, e como tinha tarefas a cumprir era uma confusão só!Também gostava de ler gibis (Tex e outros, fazíamos coleção e troca de livros. Era o máximo!Lembro bem que na época não tínhamos energia elétrica, nasci e morei durante muito tempo no interior, então, usávamos "liquinho"(espécie de lampião moderno), e velas. Foram inúmeras as vezes que a mãe gritava para apagarmos pois já era tarde e era preciso dormir para cedo da manhã levantar. Meu primeiro livro para valer, livro que o professor exigiu foi o Gaúcho, de José de Alencar. Estava na 6ª série. Nossa! Reclamei com o professor que eram muitas as páginas e as letras miúdas, além de eu não compreender muita coisa. Ele respondeu que eu já podia ler tal livro e que não seria tão difícil! De fato, não foi tão difícil lê-lo, mas lembro que demorei um bocado de tempo para entender o que era Oiticica que tanto o livro citava.Me deparo muitas vezes com alunos que também demoram para compreender as "Oiticicas" dos livros. Depois me aventurei com o Sertanejo, a Moreninha e assim foi.Todos no atual ensino fundamental.Quando trabalhei mais tarde (anos 90) com a disciplina de literatura no ensino médio, lembro que sempre citava os livros com comentários que faziam os alunos me olharem espantados e muitas vezes duvidando que eu realmente tivesse lido todos aqueles livros!! E o Jardim Dos esquecidos!!!Esse marcou muito! Adorava!! Ganhei de um amigo, comecei a leitura e resolvi comentar com minha irmã.Que desatino! Ela resolveu verificar e foi tamanha empolgação que quis ler o tal livro e acabamos por dividir as horas para lê-lo. Era um briga só. Nenhuma das duas queria parar no tempo pré-estabelecido. Nessa época já tínhamos energia elétrica, mas se fazia necessário economizar e então apelávamos para as velas. Já no ensino Médio, li quase todos os clássicos do período romântico, realista/naturalista. A obra A Carne de Julio Verne, me fascinou bem como O crime do padre Amaro (fiquei chocada!). Mais tarde, na Universidade tive contato com Clarice Lispector (Macabéia) fascinante, Carlos Drummond, Erico Veríssimo e tantos outros. Estudei em Palmas PR, e tive o prazer de ter conhecido uma professora maravilhosa de literatura (a Vera).Com ela, aprendi a gostar mais ainda de ler. Ela falava/analisava com tamanha propriedade e emoção as obras que optei por me dedicar mais a literatura. Quando fiz minha primeira especialização (em literaturas), conheci um pouco de literatura moçambicana, africana e pude ter contato principalmente com contos. O professor, Sergio Zan, que também foi meu orientador, me permitiu revisitar Graciliano Ramos, com a obra São Bernardo. Sofri tanto com Madalena. Quase compreendi Paulo Honório. Foi uma época memorável. No mestrado, apesar de ter feito leituras mais específicas, também pude fazer leituras agradáveis que continuam a me instigar e permitem repensar minha prática pedagógica sempre cada vez mais. Atualmente, minhas leituras têm se restringido um pouco, mas sempre que possível busco leituras mais "leves" como Martha Medeiros, Mário Quintana, algumas leituras relacionadas a Administração de pessoas e negócios, entre outras. Também curto bobagens (necessárias) como Claudia (sou assinante há mais de quinze anos), não consigo evitar. Gosto muito das revistas Superinteressante, Veja, IstoèDinheiro...Leio mensalmente NovaEscola, Bravo, IT'S, e outras. Adoro literatura infantil! Ganhei de meus alunos um livro maravilhoso! Minha amiga Tatiana também me presenteou com um livro sobre amizades. Que leitura agradável! Procuro plantar algumas sementes a cada dia: sempre leio/conto histórias para algumas turmas da escola. Geralmente inicio minhas aulas com a leitura de um conto, uma poesia, uma história, um salmo , e tenho feito boas colheitas.
Na escola, nunca fui destaque, exceto nas leituras que fazia (com muitas caras e suspenses, a professora e os colegas diziam adorar) e sempre histórias a escrever (tinha dificuldades para pôr fim a elas (ainda tenho).Acho que sempre posso criar mais um detalhe, mais um enredo, mais um personagem...
Minhas primeiras lembranças de leitura depois do Barquinho Amarelo, Narizinho, foram as fotonovelas, Sabrinas, Julias e Biancas.Era doida por elas, vivia trancada, escondida da mãe lendo. Não que minha mãe não permitisse ler, mas eu não tinha limites. Para mim qualquer hora, era hora de ler, e como tinha tarefas a cumprir era uma confusão só!Também gostava de ler gibis (Tex e outros, fazíamos coleção e troca de livros. Era o máximo!Lembro bem que na época não tínhamos energia elétrica, nasci e morei durante muito tempo no interior, então, usávamos "liquinho"(espécie de lampião moderno), e velas. Foram inúmeras as vezes que a mãe gritava para apagarmos pois já era tarde e era preciso dormir para cedo da manhã levantar. Meu primeiro livro para valer, livro que o professor exigiu foi o Gaúcho, de José de Alencar. Estava na 6ª série. Nossa! Reclamei com o professor que eram muitas as páginas e as letras miúdas, além de eu não compreender muita coisa. Ele respondeu que eu já podia ler tal livro e que não seria tão difícil! De fato, não foi tão difícil lê-lo, mas lembro que demorei um bocado de tempo para entender o que era Oiticica que tanto o livro citava.Me deparo muitas vezes com alunos que também demoram para compreender as "Oiticicas" dos livros. Depois me aventurei com o Sertanejo, a Moreninha e assim foi.Todos no atual ensino fundamental.Quando trabalhei mais tarde (anos 90) com a disciplina de literatura no ensino médio, lembro que sempre citava os livros com comentários que faziam os alunos me olharem espantados e muitas vezes duvidando que eu realmente tivesse lido todos aqueles livros!! E o Jardim Dos esquecidos!!!Esse marcou muito! Adorava!! Ganhei de um amigo, comecei a leitura e resolvi comentar com minha irmã.Que desatino! Ela resolveu verificar e foi tamanha empolgação que quis ler o tal livro e acabamos por dividir as horas para lê-lo. Era um briga só. Nenhuma das duas queria parar no tempo pré-estabelecido. Nessa época já tínhamos energia elétrica, mas se fazia necessário economizar e então apelávamos para as velas. Já no ensino Médio, li quase todos os clássicos do período romântico, realista/naturalista. A obra A Carne de Julio Verne, me fascinou bem como O crime do padre Amaro (fiquei chocada!). Mais tarde, na Universidade tive contato com Clarice Lispector (Macabéia) fascinante, Carlos Drummond, Erico Veríssimo e tantos outros. Estudei em Palmas PR, e tive o prazer de ter conhecido uma professora maravilhosa de literatura (a Vera).Com ela, aprendi a gostar mais ainda de ler. Ela falava/analisava com tamanha propriedade e emoção as obras que optei por me dedicar mais a literatura. Quando fiz minha primeira especialização (em literaturas), conheci um pouco de literatura moçambicana, africana e pude ter contato principalmente com contos. O professor, Sergio Zan, que também foi meu orientador, me permitiu revisitar Graciliano Ramos, com a obra São Bernardo. Sofri tanto com Madalena. Quase compreendi Paulo Honório. Foi uma época memorável. No mestrado, apesar de ter feito leituras mais específicas, também pude fazer leituras agradáveis que continuam a me instigar e permitem repensar minha prática pedagógica sempre cada vez mais. Atualmente, minhas leituras têm se restringido um pouco, mas sempre que possível busco leituras mais "leves" como Martha Medeiros, Mário Quintana, algumas leituras relacionadas a Administração de pessoas e negócios, entre outras. Também curto bobagens (necessárias) como Claudia (sou assinante há mais de quinze anos), não consigo evitar. Gosto muito das revistas Superinteressante, Veja, IstoèDinheiro...Leio mensalmente NovaEscola, Bravo, IT'S, e outras. Adoro literatura infantil! Ganhei de meus alunos um livro maravilhoso! Minha amiga Tatiana também me presenteou com um livro sobre amizades. Que leitura agradável! Procuro plantar algumas sementes a cada dia: sempre leio/conto histórias para algumas turmas da escola. Geralmente inicio minhas aulas com a leitura de um conto, uma poesia, uma história, um salmo , e tenho feito boas colheitas.
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